Desde há muitos séculos, têm sido inúmeras as discussões sobre as causas da guerra e outros conflitos. Neste seminário vão ser apresentados modelos matemáticos que tentam responder a este problema, partindo dos trabalhos de L.F. Richardson e F.W. Lanchester. Mais que tecer considerações científicas sobre política externa ou prever a data da próxima guerra, estes modelos tentam fazerma previsão do que as pessoas eventualmente farão, se não pararem para pensar.
Algoritmos mais rápidos, segurança perfeita, computação em paralelo e teleportação são algumas das (surpreendentes!) possibilidades que a computação quântica nos traz.\\ Neste seminário apresentaremos o modelo de computação quântica, algumas das suas vantagens/desvantagens e abordaremos também a questão da segurança, nomeadamente o protocolo BB84.
Actualmente já são conhecidas relações entre categorias e quantales. Agora, imagine-se que se definia uma estrutura adicional em cada uma destas noções, aparecendo desta forma a definição de categoria métrica e quantale métrico. Existem categorias e quantales métricos? Temos ferramentas que permitam construir alguns destes quantales? Qual a relação entre estas novas estruturas?
Os sistemas de votação nas sociedades modernas baseiam-se na noção de ``voto útil'', em que cada cidadão pode, com o seu voto, ajudar a eleger o candidato da sua preferência. Contudo, quantas vezes é que já nos sentimos surpreendidos pelo resultado de uma eleição? Será que estamos mesmo a eleger o candidato preferido pela maioria do eleitorado?\\ Ao longo deste seminário vamos ver vários sistemas de votação possíveis e a possibilidade de existir um sistema perfeito.
Imagine que é o concorrente finalista do concurso “1, 2, 3” e é-lhe dado a escolher uma de três portas, uma das quais esconde um carro e as restantes, cabras. Você escolhe uma (digamos, a porta 1) e o apresentador, que sabe o que elas escondem, abre outra (digamos a porta 3), revelando uma cabra. Há a hipótese de trocar de porta, ou seja, da 1 para a 2. Será vantajoso para si efectuar essa troca? E caso o apresentador não saiba o que se encontra atrás de cada uma das portas? E se você tiver acesso às probabilidades de cada uma das portas esconder o carro? E se o apresentador não for imparcial e viciar o jogo? O que fazer para ganhar o carro?
Uma partição de um número positivo é uma forma de o escrever como a soma (não
ordenada) de inteiros positivos. Quantas partições terá um dado inteiro? A teoria das
partições de inteiros dá-nos a resposta a esta pergunta aparentemente simples (um aluno
da primária sabe resolvê-la para inteiros "pequenos"). Neste seminário faremos uma
introdução a esta teoria começando pelos teoremas mais antigos, demonstrados por Euler.
Veremos ainda outros teoremas e suas demonstrações recorrendo a ferramentas como as
funções geradoras.
Pouco formais e conceptualmente claros, tentaremos apresentar a
ideia de uma das ferramentas mais básicas, utilizadas em topologia:
o Grupo Fundamental. Apresentamos também, em paralelo, o conceito
de Espaço de Revestimento E perguntamos: para que é que isto serve?
Qual a relação entre os dois conceitos?
Neste seminário, em seguimento do seminário anterior, procuramos
construir o teorema de classificação dos espaços de revestimento de
um certo espaço topológico X, através do seu grupo fundamental.
Esta apresentação tem como objectivo ser uma introdução elementar a
um dos problemas famosos ainda não resolvidos da matemática: a
conjectura de Kakeya. A formulação deste problema enquadra-se na
Teoria Geométrica da Medida, mas verificou-se nas últimas décadas
ter importantíssimas ligações com variadas outras áreas da
matemática, em particular com Análise Harmónica. Falaremos de
conjuntos de Besicovitch e Kakeya, explicando a sua construção, a
qual nos motivará para o enunciado actual da conjectura. Tentaremos
dar também uma ideia das importantes aplicações e interdependência
com outras áreas da matemática.
Há séculos que todos somos perseguidos por padrões, quer sejam as
pedras da calçada, uma linha de divisão dos sentidos de trânsito,
ou até mesmo nas pegadas que deixamos no chão… pelo menos é
o que dizia Conway. Estes já se enraizaram na cultura de povos,
como podemos ver em várias Mesquitas, e mesmo em muitos Azulejos
portugueses. E embora nos pareçam muitos os padrões (no plano) que
nos rodeiam, de facto só existem 17! Encoraja-se os mais ousados a
inventarem um 18º. E ao fazer pegadas no chão repetindo os passos a
cada 2 metros? Neste caso podemos encontrar somente 7 tipos
diferentes de rastos. Fortemente ligado a padrões estão ainda os
conceitos de isometria, e de simetria, que nos ajudam a compreender
o que acontece no plano. Poderemos então ver os vários padrões que
existem destacando as suas simetrias, e o modo como estes são
gerados.
Um problema em aberto durante 2 décadas, uma fórmula misteriosa e
uma medalha Fields são alguns dos ingredientes da história que nos
propomos contar. O problema é o da quantização e neste seminário
vamos seguir o caminho que Kontsevich percorreu por entre várias
áreas da Matemática e da Física, até obter a sua solução mágica.
E se no secundário nunca tivéssemos ouvido falar de senos e
co-senos? A verdade é que desde cedo nos habituamos à célebre
tabela de senos/co-senos/tangente para determinados valores e para
todos os outros usámos a nossa calculadora científica. Mas a
verdade como sabemos é que estas funções circulares são dadas por
séries. Mas isto trata-se de uma inovação em matemática. Como
poderiam os gregos na antiguidade resolver alguns dos problemas
para nós triviais? Uma possível resposta poderia ser: Através de
quadrâncias e aberturas e a criação de toda uma geometria racional.
Se não sabe o que é, convido-o a assistir a este seminário e julgar
por si mesmo as vantagens e desvantagens desta abordagem.